Delação premiada e o alvoroço político

Dentro do mérito judicial existe uma norma que prescreve quando um acusado de algum tipo de delito pode, ser for o caso entregar seus colegas e comparsas ou outros beneficiários de algum tipo de delito que o mesmo tenha conhecimento. A justiça entendendo que a delação é interessante para o processo e vai ajudar na sequencia “troca” parte se sua pena como um prêmio pela sua colaboração.

Aparentemente foi o que fez o ex-diretor da Petrobras Sr. Paulo Roberto da Costa, suspeito de ser uns dos intermediadores de mais um grande escândalo de nosso País entre tantos outros.

A questão é que nesta lista ainda não divulgada oficialmente consta nomes de muitos políticos, que passeia entre deputados, senadores e governadores todos beneficiados com dinheiro da Petrobras de obras super-faturadas por várias empreiteiras, e  aparentemente todos políticos da base do governo.

Então imagino, apesar de que neste País ninguém de colarinho branco fica muito em cadeia, e na maioria das vezes nem é condenado, como estará a preparação da defesa dos denunciados pelo Paulo Roberto. A coisa vai ser brava, ou não.

E novamente, mais uma vez e que não será a ultima, viveremos entre escândalos e escândalos e o que mais da pena é que já nem mais nos indignamos, os defensores dos elementos e os otários inúteis vão mais uma vez culpar a “elite”.

Neste País não tem culpados, só pessoas boas, principalmente os políticos todos honestos sabedores que continuaremos do mesmo jeito, pagando suas contas, fazendo piadas na internet e rindo de nós mesmos.download (1)

Raul Seixas e o horário político

Na terça feira ultima teve inicio o chamado horário eleitoral gratuito. Durante muito tempo na verdade eu me sentia um agraciado, um privilegiado de poder assinar uma TV. Nunca fui muito de assistir televisão, vez por outra gostava de ficar ali zapeando e com uma grande quantidade canais às vezes esta distração podia até ser interessante, parava numa série ou outra de ficção. Então ficava imaginando as pessoas que não tinham condição de poder ter uma TV por assinatura e tinham de ficar sujeitas aos canais abertos e naqueles horários determinados se ainda desejasse ficar na frente da televisão teria de assistir todo aquele teatro. Por vezes fico indignado quando aparece nas redes sociais uns e outros pedindo abaixo assinados para tirar das grades das televisões abertas programas A ou B, esquecendo que as TVs de sinal aberto tem como fonte de renda seus anunciantes que só irão patrocinar determinado programa desde que ele de audiência, então a situação é simples, quem assiste TV tem o poder nas mãos, o controle remoto e é só mudar de canal e vai ter um programa um menos pior. Mas, no chamado horário político estas pessoas não tem alternativa de opção, ou seja, assiste aquelas baboseiras todas ou desliga a TV e vai fazer outra coisa na vida.

Bem, algumas pessoas poderão entender que posso vir a ser um alienado, pois deveria pelo menos assistir alguns programas para poder conhecer melhor os candidatos e não ficar simplesmente dizendo que é isso ou aquilo, ou simplesmente ser “enganado” pela grande mídia manipuladora, ou bla, bla, bla ….Eu sempre tive a convicção que horário político não acrescenta nada, apenas todos ali estão para falar as mesmas coisas de sempre, as mesmas besteiras, as mesmas promessas que nunca irão cumprir, uns e outros até falam com mais elegância e com certeza conseguem envolver uma grande parte da população devido ai sim … a grande ação de marketing dos “marqueteiros” muito bem pagos com o objetivo de manipular as grandes massas e sabemos que no fundo eles acabam decidindo uma eleição onde a emoção sempre fala mais forte.

E por falar em Raul Seixas lá no titulo, esta semana também completaram 25 anos de sua morte, e neste momento não posso deixar escrever parte de sua letra da musica em Cowboy fora da lei ….. “Não preciso ler jornais (nem assistir horário político) mentir sozinho eu sou capaz”, então prefiro ficar vendo minhas séries de ficção e uma certeza eu tenho, nelas tem mais verdade e originalidade do que no horário político eleitoral e nos seus protagonistas.

 

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